Oi,amizade !
É sexta-feira e o BLOGANA preparou mais uma dica de Cinema pra você.
Quentin Tarantino dispensa apresentações, certo?
Sempre trabalhando com elementos específicos em seus projetos é ao que me parece, uma das maneiras de fazer com que tudo que ele produza vire ouro.
Em Django Livre, não poderia ser diferente. O filme lançado em 2012, foi para mim a melhor estreia daquele ano, e um dos melhores filmes que já assisti até hoje também.
Na trama, Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto, cujo passado com seus antigos donos levam-no ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christopher Walts). Schultz cruza os Estados Unidos atrás de criminosos, procurados “vivos ou mortos” e resolve sempre todas as questões com tiros e muita tranquilidade. Ambos desenvolvem uma grande amizade e o antigo escravo passa à acompanhá-lo em seu ofício.
Após muitas caçadas por fugitivos, Django deseja resgatar sua esposa, Broomhilda ( Kerry Washington), que ele não vê há muitos anos, desde que ela foi vendida para outros proprietários.
O ritmo e a intensidade do filme mudam constantemente, como é característica de Tarantino, entremeando o enredo com humor sarcástico e cenas mais violentas. É hilário o momento quando um grupo de racistas tenta matar os protagonistas, mas tudo para quando um deles resolve reclamar dos sacos que utilizam para encobrir o rosto, em uma discussão que parece ter saído do desenho igualmente sarcástico “Family Guy”. As cenas exageradas em todos os tiroteios, com sangue voando para todos os lados fazem o espectador rir bastante também.
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'Leozinho DiCaprio' - Em uma das cenas mais brilhantes do filme. |
A busca de Schultz e Django leva-os a Calvin Candie (Leonardo DiCaprio, em outra atuação perfeita ! Cara, eu não sei como esse homem não conquistou um Oscar ainda, sério !). Este é um personagem a parte na trama. Um pouco misterioso e afetado, o excêntrico dono da grande plantação de algodão de Candyland é um apreciador de lutas entre escravos e parece ter uma relação incestuosa com sua irmã viúva. Seu escravo de confiança idoso Stephen (Samuel L. Jackson) é esperto e percebe coisas que seu dono não nota. Aliás, Jackson ao meu ver tem a segunda melhor atuação da película, depois de DiCaprio. Envelhecido no papel, suas frases de efeito são hilárias. Lá está a esposa de Django, e uma sucessão de acontecimentos inacreditáveis vão decidir o desfecho da história.
Com uma trilha sonora que vai do hip hop ao blues, as músicas se encaixam bem nas cenas, assim como os diálogos cheios de palavrões e diferentes sotaques das várias regiões dos E.U.A, conforme os personagens vão surgindo na trama.
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Samuel L. Jackson como Stephen. Irreconhecível! |
Apesar de um filme de quase três horas, “Django livre” é um deleite para os fãs de Tarantino (que faz uma ponta na película!), mostrando que o diretor é um dos melhores de nossos tempos.
Enjoy <3