Sobre o ‘Mais Médicos’, e seus devaneios.

Estamos assistindo esta semana,
diversos fatos divulgados na mídia, sobre a vinda de médicos estrangeiros que
darão início as atividades do programa instituído pelo governo federal ‘ Mais
médicos’. O programa contará com o apoio do governo cubano e de outros países,
através de profissionais inscritos para suprir a ausência de médicos no sistema
publico de saúde.
A verdade é que falar sobre saúde
publica, sempre vai ser um tema brasileiro para grandes discussões. Discussões essas que passaram há pouco tempo
a estar em maior evidência após as tentativas do governo Dilma de diminuir os
estardalhaços dos protestos de Julho/2013.A medida proposta não agrada aos
médicos brasileiros, e teve baixíssima adesão por parte dos profissionais da
nossa amada pátria. Acompanhamos então a uma serie de manifestações crescentes,
que surgem como protesto à atitude que visa dar assistência básica, e
emergencial aos maiores interessados: quem precisa do SUS.
É coincidência então, o fato de
essas manifestações ocorrerem após a única proposta efetiva em favor da saúde
da população mais carente vista nos últimos anos? Onde esteve a voz desses
profissionais, que já conheciam os mesmos problemas de falta de estrutura
quando o paciente SUS precisou? E quando digo SUS, falo da grande maioria dos
brasileiros. Dos mais esquecidos dos extremos no país, aos assalariados de
centros urbanos que também não conseguem arcar com o custo dos convênios
privados.
Parece plausível, aos profissionais brasileiros
no meio dessas reivindicações, direcionarem a hostilidade aos profissionais
vindos para o Brasil, afim de por em prática o fator humanitário de sua
profissão. Esses médicos estão sendo recepcionados com caras feias e o massacrante orgulho dessa classe
sindical brasileira. Pessoas estão morrendo, nos hospitais públicos hoje, e são elas a prioridade dessa solução imediatista.
A solução não será o milagre da saúde do país. Não
mudará tudo o que torna a administração dos hospitais à população deficiente. Mas com certeza será de grande valia para pessoas que sempre encontram as portas de consultórios fechados quando precisam.
Se a assistência tiver que vir de fora que venha. Mas venha de algum lugar. Porque os braços cruzados e horizontes que visam o próprio umbigo, nada acrescentam para aqueles que realmente serão beneficiados por médicos que vieram ao nosso país oferecer a mão-de-obra a serviços que não são interessantes aos médicos de classe média alta.
A população nos corredores de hospitais deve ser a prioridade por hora.
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