terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sobre o ‘Mais Médicos’, e seus devaneios.



Estamos assistindo esta semana, diversos fatos divulgados na mídia, sobre a vinda de médicos estrangeiros que darão início as atividades do programa instituído pelo governo federal ‘ Mais médicos’. O programa contará com o apoio do governo cubano e de outros países, através de profissionais inscritos para suprir a ausência de médicos no sistema publico de saúde.


A verdade é que falar sobre saúde publica, sempre vai ser um tema brasileiro para grandes discussões.  Discussões essas que passaram há pouco tempo a estar em maior evidência após as tentativas do governo Dilma de diminuir os estardalhaços dos protestos de Julho/2013.A medida proposta não agrada aos médicos brasileiros, e teve baixíssima adesão por parte dos profissionais da nossa amada pátria. Acompanhamos então a uma serie de manifestações crescentes, que surgem como protesto à atitude que visa dar assistência básica, e emergencial aos maiores interessados: quem precisa do SUS.


É coincidência então, o fato de essas manifestações ocorrerem após a única proposta efetiva em favor da saúde da população mais carente vista nos últimos anos? Onde esteve a voz desses profissionais, que já conheciam os mesmos problemas de falta de estrutura quando o paciente SUS precisou? E quando digo SUS, falo da grande maioria dos brasileiros. Dos mais esquecidos dos extremos no país, aos assalariados de centros urbanos que também não conseguem arcar com o custo dos convênios privados.


 Parece plausível, aos profissionais brasileiros no meio dessas reivindicações, direcionarem a hostilidade aos profissionais vindos para o Brasil, afim de por em prática o fator humanitário de sua profissão. Esses médicos estão sendo recepcionados com caras feias e o massacrante orgulho dessa classe sindical brasileira. Pessoas estão morrendo, nos hospitais públicos hoje, e são elas a prioridade dessa solução imediatista. 


A solução não será o milagre da saúde do país. Não mudará tudo o que torna a administração dos hospitais à população deficiente. Mas com certeza será de grande valia para pessoas que sempre encontram as portas de consultórios fechados quando precisam.
 

Se a assistência tiver que vir de fora que venha. Mas  venha de algum lugar. Porque os braços cruzados e horizontes que visam o próprio umbigo, nada acrescentam para aqueles que realmente serão beneficiados por  médicos que vieram ao nosso país oferecer a mão-de-obra a serviços que não são interessantes aos médicos de classe média alta. 

A população nos corredores de hospitais deve ser a prioridade por hora.



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