Surdez emocional.

 Por: Unknown    10:57     Sem Comentarios

ATENÇÃO: Texto baseado em experiências pessoais. Qualquer semelhança com a fase de vida de uma amiga burra minha é mera coincidência. 

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Sou um desses seres humanos movidos à musica. 

Por isso, até mesmo ouvir Leandro e Leonardo na porta de um boteco a caminho do trabalho me faz criar reflexões sobre a vida. ~~ ME JULGUE ~~.

Aprendi dizer adeus.

A gente demora a perceber quais são os nossos pontos fracos em relacionamentos, até que um dia abrimos os olhos para as nossas incompetências emocionais e pensamos: "Nossa, mas era isso, né?".
E a categórica consciência responde: "Isso mesmo, idiota!".

Aquela angústia era o seu "eu " te dizendo que já não dava mais.
E esse trouxa ai é você que se fez de surdo.

A maior parte das pessoas descobre de forma cruel que a verdade é uma amiga sem muitas papas na língua.

Ignorar a intuição em nome da racionalidade/comodismo/família etc... é arriscado, pois, obviamente, nem tudo vai ser  igual  ao que foi idealizado no começo de uma relação.

Um relacionamento vai mudar várias vezes... Isso porque os relacionamentos acontece entre pessoas, e somos tão complicados, não é?

Se o casal quer seguir na mesma direção... perfeito. Mas se com o passar do tempo isso deixa de acontecer, cedo ou tarde um dos dois lados entra em colapso. Surta ! Quer sair correndo... AAARGGHHH... ( Ah, falo por mim. Não é segredo que eu não bato bem da cabeça rs).

E quando o fim está evidentemente na sua porta,aprender a dizer adeus, como o  sertanejo velho ensinava, é a melhor opção para evitar problemas emocionais mais profundos, assim como traumas e bloqueios para outros relacionamentos.
Mas, não é tão fácil assim, certo?!

Eita, bicho besta que é o coração...

O namoro, o amor e os planos às cegas.

Ai os primeiros momentos de uma relação... Tão lindos, não é? Até que...

Quando conhecemos uma pessoa legal, a alegria e a paixão em compartilhar momentos juntos nos estimulam a criar planos de vida. Fazemos promessas sem saber se serão viáveis para o nosso "eu"de daqui, sei lá,  dois anos.

Mas a base do amor está ai. Mesmo às cegas apostamos num futuro, confiando em um 
sentimento pois aqui parece bom, oras!

É lindo, e enquanto as duas partes caminham na mesma direção tudo vai ser incrível. Quem não conheceu aquele casal que em três meses jogou tudo pra cima e deu certo, né?

  Mas, em alguns casos, (e normalmente é o seu/meu, rs ) , quando a vida de um muda de rumo, não adianta empurrar com a barriga: os planos vão pela descarga e é a hora de aprender a dizer adeus para eles. Mudar de rumo e abrir a próxima porta faz parte da vida. Deixar o medo do novo é importante pra quebrar o comodismo e encontrar a próxima etapa da sua vida.

Os relacionamentos humanos passam por fases. E a fim também é uma delas.

Melhor remédio pra ser feliz.

O lado bom do final.

Sabe aquela sensação triste quando um livro que você gosta muito chega ao fim? Talvez essa seja a minha melhor referência sobre términos: eles são necessários.Tente focar em momentos similares, emocionais ou não, em que abrir mão de um determinado objetivo abriu portas para uma coisa melhor. Como um novo emprego, amigos, ou uma pessoa mais a ver com você. 

Com isso surge uma  base para afirmar "Poxa, foi incrível por esse ou outro motivo", ou  então... "Nossa, quebrei a minha cara, mas aprendi que..." 

Tudo é experiência. Nada se perde. E , por mais clichê que pareça , para todo o fim tem sim um recomeço.

Então, coragem e bola pra frente.

Dê ouvidos ao seu coração. O bichinho pode estar precisando,

Parafraseando: As certezas e o tempo.

 Por: Unknown    10:00     Sem Comentarios

Ainda lembro do tempo em que acordava cheia de certezas todos os dias.

Estava certa dos sentimentos que tinha.

Das ideologias que carregava na cuca.

Certa de que os amigos seriam sempre leais e que estariam ali por toda vida.
Lembro também do dia que percebi quanto as certezas são pesadas, principalmente, quando você resolve mudar de rumo.
 Andava torta, deprimida, engasgada de tantas "verdades" do mundo perfeito que criei na minha mente.

Hoje, sinto de forma muito intensa que coisas assim não são lineares e que a vida é uma estrada cheia de curvas sinuosas. Elas metem medo, mas nos enchem de paixão e vontade de viver. 
É sobre ganhar e perder que eu estou falando...

Aprendi que o tempo, diferente do que ouvia falar, não existe para construir coisas palpáveis. Sua função, pelo contrário, é desmantelar qualquer estrutura armada com base no nosso ego juvenil.  
Me olhei no espelho assustada e perguntei: "Será que  entender isso é envelhecer? Credo!".
Mas até que não era tão ruim assim.

Aproveito essa dúvida para criar todo dia bom argumento para um futuro mais flexível. Onde eu tenha liberdade para mudar de opinião, se assim desejar. Tenho tido mais força para questionar se o “certo”, quadrado e ditado, é mesmo o melhor para minha vida. Da mesma forma que observo o “errado” para ver se eu não preciso de uma dose dele às vezes para tolerar as pancadas da rotina.

BEM e MAL são questões cada vez mais abstratas. Por isso, gasto muito tempo atenta aos detalhes para saber o que levar comigo. 

 À noite, quando coloco a cabeça no travesseiro,  revejo meus passos com muito mais cautela do que fazia quando era mais nova. Porque agora cada minuto do tempo, cada palavra dita, tem um peso e um preço que não enxergava antes.

E quando olho pra dentro de mim, percebo que a certeza imutável dos meus discursos desapareceu... Paciente, me atento a detalhes nos argumentos que  confrontam os meus, para tentar entender um pouco mais sobre as pessoas ao meu redor. Mesmo sendo difícil às vezes.
O tempo passa para desfazer alguns nós e, inevitavelmente, atar outros.  E nesse momento, vejo que a  única certeza da vida é que dúvidas vão sempre existir. Mas esse é um benefício que pretendo usar a meu favor agora.  É bom seguir dando passos sem o engessamento da D. Certeza.

 Me sinto leve.

 Finalmente.